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HOMILIAS PARA O

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sábado, 11 de dezembro de 2010

ÉS TU AQUELE QUE HÁ DE VIR OU DEVEMOS ESPERAR UM OUTRO?

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HOMILIAS PARA O

3º DOMINGODO ADVENTO

12 DE DEZEMBRO – 2010

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Comentários do Prof. Fernando

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ÉS TU AQUELE QUE HÁ DE VIR OU DEVEMOS ESPERAR UM OUTRO?

E Você, meu irmão. Ainda tem dúvidas? Os cegos recuperaram as vistas, os paralíticos passaram a andar, os leprosos foram curados, os surdos começaram a ouvir, os mortos foram ressuscitados e os pobres foram evangelizados. Isto porque o poder de Deus na pessoa de Jesus Cristo é inquestionável. Não acreditar nisso, é o mesmo que não acreditar na Revolução Francesa, na Segunda Guerra, em Dão Pedro Primeiro, em Tiradentes, etc. Para aqueles que ainda questionam a existência de Jesus Cristo, sugerimos que façam uma viagem à Terra Santa, e vejam lá todas as provas de sua passagem.

João Batista foi o profeta que veio ara anunciar Jesus e preparar o povo para recebê-lo.

Quem seria o João Batista dos dias de hoje? Somos todos nós que anunciamos a pessoa de Jesus, seus feitos espetaculares, e sua mensagem de amor e de salvação da humanidade. É importante que levemos as pessoas até Jesus e não as retemos para nós. João é servo de Jesus, foi alguém que servia Jesus. Devemos imitar a João. Levando as pessoas até Jesus, e depois nos afastamos, dizendo como disse o profeta João: “É preciso que Ele cresça e eu diminua”.

Endireitar as colinas e os vales. Essa famosa expressão de João Batista também pode ser interpretada da seguinte forma:

Colinas e vales são altos e baixos da nossa espiritualidade. Um dia estamos com Deus, e no outro dia o expulsamos de nós pelo pecado cometido. Em outras palavras, o que João nos pede hoje é que paramos com esta vida de nos aproximar e de nos afastar de Deus. Pecamos, e confessamos. Pecamos e confessamos. O amor de Deus é infinito, porém não devemos abusar da sua misericórdia, da sua graça. “Ou tu és por mim ou tu és contra mim”. Decida! Caríssimos. Vamos parar de vacilar na nossa caminhada, e deixar Jesus entrar em nossa vida de uma vez por todas!

Estradas, veredas ou caminhos tortuosos podem ser comparados também com os nossos vacilos de fé. Uma guinada para a direita, quando estamos em alta com a nossa fé. Uma guinada para a esquerda, é quando surgem alguma pequena dúvida, algum questionamento, digno daquele puxão de orelhas que Jesus deu a Pedro. “Por que duvidastes? Homem de pouca fé”! (Quando Pedro afundou na água e pediu socorro).

João nos convida a endireitar a nossa vida espiritual para que nos tornemos menos indignos de receber o Filho de Deus no Natal que se aproxima. Também é bom lembrar que precisamos hoje nos tornar menos indignos de receber Jesus nas aparências de Pão e Vinho, fazendo uma boa confissão. “Convertei-vos porque o Reino está próximo!

É bom o cristão fazer uma boa limpeza de sua alma, periodicamente, e principalmente no tempo do Advento, procurando um sacerdote, para confessar-se e receber a absolvição. “Aqueles a quem vocês perdoarem, serão perdoados. E aqueles a quem vocês não perdoarem, não serão perdoados.”

Assim, o nosso Natal será branco, pois estaremos de alma branca pura, cristalina, sem manchas de pecado. É isso que os “Joãos Batistas” de hoje devem recomendar a todos o quanto que puderem:

Conversão já. Para que a nossa alegria neste Natal não seja apenas uma alegria meramente social, mas sim uma alegria celestial ou seja, não uma alegria movida a álcool, mas sim, movida a Jesus, pela alegria de estar na presença de Jesus!

Uma alegria que nos brota de dentro, e não pelo presente que recebemos, ou pela embriaguês das bebidas consumidas, uma alegria de quem está comemorando o aniversário de Cristo o nosso Salvador, assim como a alegria de TÊ-LO recebido através da Eucaristia.

A alegria de fazer as pazes com o irmão, com o vizinho, com o filho, com o pai, com o amigo, perdoá-los de verdade e desejar-lhes um Feliz Natal cristão em vez de um feliz natal apenas comercial ou interesseiro.

Estamos no Advento, que é a espera desse momento maravilhoso. É a espera da comemoração do aniversário daquele que quer a nossa felicidade terrena e celeste. Mas, às vezes, infelizmente somos nós quem estragamos tudo isso com o nosso egoísmo e com as nossas preferências. Preferências essas que às vezes só satisfazemos as nossas vontades, em vez de fazermos vontade do Pai, como Jesus nos ensinou.

Feliz Natal.

SAL

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Jesus Cristo já está no meio de nós realizando, por meio do Espírito Santo, obras muito maiores do que nós podemos imaginar” –Maria Regina

Depois de termos ouvido no domingo passado o testemunho de João Batista , agora é a vez de escutar o testemunho que Jesus dá dele.João tinha falado que Jesus era o Messias:O Cristo que vem com a santidade de Deus e sua missão de purificar e renovar os corações das pessoas.

O messias se revela publicamente e a sua Luz Divina evidencia as sombras da culpa nas consciências, e , assim,João se esforça para convencer a maior quantidade de pessoas possível para que tirem os obstáculos morais para acolher sem impedimentos o Salvador.

Alguns discípulos, graças ao constante contato com seu mestre João, continuam a visita-lo e tê-lo como seu guia espiritual.João já tinha mostrado abertamente que Jesus era o Salvador enviado por Deus.Mas , se como nem todos estavam convencidos da sua indicação, a cela da prisão, João Batista manda alguns dos mais fiéis discípulos para interrogar Jesus a respeito da sua pessoa: “és tu aquele que há de vir ou devemos esperar um outro?

Estes se dirigem a Jesus não porque João tivesse dúvidas, mas justamente porque João reconhecia ou seu nada diante de Jesus , e portanto, aquele que só queria diminuir, pede que os discípulos comprovem pela boca do próprio Jesus que este é o único que pode falar com plena autoridade. Jesus não encontra nada melhor do que indicar aos discípulos do primo João os fatos: a salvação que Jesus traz se manifesta também através de curas físicas, sinal da onipotência de Deus do qual ele é pleno. Só a sua simplicidade pode ser motivo de escândalo para quem é sempre propenso à vanglória: “Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim”.

Reconhecendo a sua pequenez, Jesus diz que João é grande :este tinha feito da radicalidade evangélica a sua marca de reconhecimento.Não havia lugar na sua pessoa e na sua conduta de vida para o supérfluo nem tanto menos para o luxo.Todos podiam dar-se conta imediatamente da seriedade de sua pessoa e da solidez dos seus argumentos.Aquilo que João recomendava a todos eram a sobriedade e a penitência que ele há muito tempo praticava.Os poderosos de então , mas também de todos os tempos, costumam enfatizar a sua autoridade com sinais externos que lhe qualifiquem.João não tinha necessidade de nada disso.Sua mensagem , sua vida , valia muito mais do que tudo isso, era autêntico.

João Batista queria mostrar a todos que, Aquele a quem ele havia aberto o caminho já estava operando os milagres e prodígios no meio do povo. Às vezes, nós, como os discípulos de João Batista, pomos dúvidas quanto a obra salvífica que Jesus Cristo realiza na nossa vida. Isso acontece, porque nem todos nós, assumimos o reino de Deus dentro dos nossos corações, No entanto, os sinais são evidentes. Hoje, como naquele tempo, também os doentes são sarados, os cegos recuperam a visão, os surdos ouvem e os pecadores alcançam o perdão. Isso tudo prova que Jesus Cristo já está no meio de nós realizando, por meio do Espírito Santo, obras muito maiores do que nós podemos imaginar. Se, já estamos vivendo no reino de Deus, com certeza, somos ainda maiores que João Batista, portanto, alegremo-nos e não percamos tempo com questionamentos sem propósito.

Amém

Abraço carinhoso da professora

Maria Regina

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Homilia do Padre Françoá Costa – III Domingo do Advento (Ano A)

Prova de fé

“Sois vós aquele que deve vir, ou devemos esperar por outro?” (Mt 2,2). Em 1951, um dos grandes teólogos do século XX comentava este texto evangélico. Jean Daniélou afirmava que não devemos escandalizar-nos a respeito de João Batista quando ele pergunta a Jesus se é ele mesmo quem devia vir; ao contrário, é preciso ver nessa pergunta a profundidade, por parte de João Batista, da vivência do Mistério de Cristo e, ao mesmo tempo, do mistério do homem. As almas santas levam a sério a miséria real da humanidade e, do fundo de seus corações, deixam sair um grito sincero, ainda que silencioso, e que é expressão da dor que sentem diante daquelas situações que não admitem soluções fáceis: o sofrimento dos inocentes, a desigualdade social alarmante, o terror das guerras e dos desastres naturais, a miséria do pecado que vai consumindo o ser humano sem que ele perceba. Por outro lado, é de gelar a superficialidade de Gúrshehka, aquela personagem dos Irmãos Karamázov que, já bêbada e delirante, dizia: “Quero fazer loucuras, gente boa. O que importa? Deus me perdoará. Se eu fosse Deus, perdoaria a todo o mundo e diria: ‘meus simpáticos pecadores, desde hoje eu vos perdoo a todos’. Eu, pelo menos, pedirei perdão”. Com isso não se afirma se a nossa personagem em questão é má ou não, simplesmente se enfatiza a superficialidade da supracitada diante da realidade de Deus e diante do pecado. É certo: Deus é bom! Também é certo: Deus é justo!

O teólogo francês alertava contra um otimismo fácil e superficial. O realismo cristão, sem deixar de ser otimista e alegre, é também uma visão da vida e das coisas que leva a sério a dureza das distintas situações. O cristão deve gritar desde o profundo do seu coração a Deus, que tem a solução. No fundo, dizia Daniélou, esse grito que surge de uma espécie de desespero, é uma expressão de esperança. Esse grito é um grito de confiança semelhante ao de Cristo na Cruz: “Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27,46). Temos que “obrigar” a Deus a manifestar-se – dizia Daniélou – pelo ardor da nossa oração e pela intensidade do nosso desejo.

Parece que há momentos nos quais tudo é escuridão. Parece que Deus não nos escuta, que há um obstáculo entre ele e nós. Surge uma espécie de revolta interior diante de um Deus que se diz todo-poderoso, mas não atende aquelas coisas que “eu” julgo como boas “para mim”. Esse é o momento de pedir ao Senhor que reviva em nós a fé. No “Diário de um pároco de aldeia”, de Georges Bernanos, há um momento em que o protagonista fala da sua própria fé. Como é sabido, trata-se de um sacerdote que experimenta em meio do seu trabalho apostólico, a solidão e o tédio. É um livro realista e dramático, cujas perspectivas estão abertas à esperança porque Deus está presente em toda a obra. O personagem diz que o que nós chamamos perda de fé é, no fundo, o fato de que a fé “deixa de informar a própria vida, e nada mais. (…) Eu não perdi a fé! (…) Onde ela está? Não a posso alcançar. Não a encontro no meu pobre cérebro incapaz de associar corretamente duas ideias e que não tem mais que imagens delirantes; tampouco na minha sensibilidade; nem mesmo na minha consciência”. No entanto, entre as últimas palavras do livro, encontram-se essas de enorme significado: “Que importa? Tudo é graça!”.

Às vezes, do fundo do nosso ser podem vir umas perguntas que brotam duma espécie de desespero: será que Deus existe mesmo? Será que ele escuta as pessoas? Será que está me ouvindo? Deveríamos aproveitar esse desespero para clamar com mais força, para “obrigar” a Deus a manifestar-se, para que a nossa oração cheia de ardor ganhe de Deus aquilo que parece impossível e – o que é muito importante – para que saibamos aceitar as disposições de Deus crendo que ele sabe o que é melhor em cada momento. Isto é entrega total nas mãos do nosso Pai do céu! Tudo é graça!

Pe. Françoá Costa

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Homilia de Dom Henrique Soares da Costa – III Domingo do Advento (Ano A)

Is 35,1-6a.10
Sl 145
Tg 5,7-10
Mt 11,2-11

Este terceiro domingo do Advento tem um tema predominante: a alegria provocada pela vinda do Senhor. Por isso, a cor rosa, que pode ser usada como um roxo atenuado. Alegrai-vos (Gaudete!) – convida-nos a liturgia, inspirando-se nas palavras do Apóstolo: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto!” (Fl 4,4s).

Mas, pensando bem: há motivos para alegria verdadeira, profunda, responsável? Ante as lutas e fardos da vida, podemos realmente alegrar-nos? Antes as feridas e machucaduras do nosso coração, é possível uma alegria duradoura e verdadeira? Ante as desacertos e desvios do mundo, é realmente possível este gáudio a que nos convida a Igreja, com as palavras de São Paulo? E, no entanto, o convite é insistente: Alegrai-vos!

Contudo, antes do convite à alegria, ao júbilo, à exultação, permiti-me um outro convite: pensemos na vida de frente, como ela é, para cada um de nós e para os outros. Faço este convite porque somente assim nossa alegria poderá ser realista e verdadeira. Não esqueçamos que há também uma alegria boba, tola, tonta, irresponsável, que brota da superficialidade ou da ilusão… Não é dessa que falamos aqui…

Pois bem! A nossa vida – a minha, a sua! – gostaríamos que ela fosse como quiséramos, gostaríamos de controlá-la, de garantir que tudo saísse bem para nós e para os nossos, para os nossos e para todos… E, no entanto, constatamos com pesar que não temos em nossas mãos a nossa existência. Que duras as palavras de Jeremias profeta: “Eu sei, Senhor, que não pertence ao homem o seu caminho, que não é dado ao homem, que caminha, dirigir os seus passos” (10,23). O mundo não é como gostaríamos, os nossos caros não são e não vivem como esperávamos e nós mesmos tampouco vivemos a vida que sonhamos… Nosso mundo anda estressado, as pessoas sentem-se sozinhas, meio como que perdidas, ante uma crise generalizada de valores e de sentido… Que caminho seguir? Que rumo tomar? Que valores são valores realmente ou, ao invés, mera ilusão? Conservamos ou destruímos o sentido sagrado do matrimônio e da família? O Governo Lula começa a dar os primeiros passos para legalizar o assassinato de crianças no útero materno – vamos concordar? Vamos ainda votar nos deputados e senadores de Alagoas que votarem a favor desse crime pagão? Vamos reeleger esse presidente, caso ele aprove esse crime hediondo? Castidade, honestidade, respeito pela vida, moralidade, são ainda valores? A vida é, deveras, estressante… E o Senhor nos exorta: Alegrai-vos! E neste Domingo de Advento, a Igreja insiste: Alegrai-vos! Alegrai-vos no Senhor! O cristão não tem direito ao desânimo, ao desespero, ao derrotismo… Alegrai-vos! E alegrai-vos sempre! Mas, alegrai-vos no Senhor! E por quê? Porque ele está perto! Não nos deixa nunca: ele vem sempre como Emanuel – Deus conosco!

Pensemos nas palavras tão consoladoras das leituras deste hoje! São para a terra deserta do coração do mundo e para o nosso: “Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e cresça como um lírio. Germine e exulte de alegria e louvores! Seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus!” Que cristão, que homem ou mulher de boa vontade não lamentam a situação atual da humanidade? Quem não sente na vida a tentação de fraquejar, e a mordida do desencanto? Quem, às vezes, não pergunta onde Deus está, que parece tão distante e ausente? Escutai: “Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: ‘Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é o vosso Deus: ele vem para vos salvar!’” É esta a esperança do santo Advento: a esperança num Deus que não nos esquece, não nos desilude, não nos deixa sozinhos… um Deus que vem ao nosso encontro no Santo Messias esperado! O profeta Isaías promete: “Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos”. E o que o profeta promete, o Senhor Jesus vem realizar: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobre são evangelizados!” Eis aqui o motivo da nossa alegria: a certeza da fé em Jesus Cristo: ele é a presença pessoal de Deus entre nós, ele é aquele que cura nossas feridas, sustenta-nos na fraqueza, enche de doce presença o nosso coração solitário! Confiemos ao Senhor o mundo, a nossa vida, os nossos problemas, as coisas que nos preocupam. Lutemos e confiemos; lutemos e enchamos o coração de esperança no Senhor! A salvação que ele trouxe haverá de se manifestar um dia: “A Vinda do Senhor esta próxima” – diz-nos São Tiago!

As grandes tentações para o cristão de hoje são a falta de entusiasmo e de esperança, um cansaço ante a paganização do mundo e a teimosia humana… A conseqüência, é a falta de uma alegria verdadeira. Procuram-se cristãos alegres, cristãos convictos, cristãos radicais! Precisam-se urgentemente de cristãos apaixonados, cristãos de verdade, cristãos que creiam no que acreditam! Afinal, somente há alegria duradoura e profunda somente quando se encontra o sentido da existência, e este sentido nos é oferecido pelo Cristo; unicamente em Cristo! Esperemos nele: na sua palavra, no seu juízo, na sua graça! Ele não nos esqueceu, ele não está ausente do mundo e da nossa vida! Recordemos a forte exortação de São Tiago: “Ficai firmes até à Vinda do Senhor! Ficai firmes e fortalecei vossos corações, porque a Vinda do Senhor está próxima! Irmãos, tomai como modelo de sofrimento e firmeza os profetas que falaram em nome do Senhor!”

O Advento não somente nos prepara para a celebração da primeira vinda do Senhor no Natal, mas nos convida a reconhecer suas vindas na nossa vida e a esperar com ânsia e compromisso sua Vinda final! Caminhemos, caríssimos, na alegria de quem espera com certeza: “Alegrai-vos sempre no Senhor! O Senhor está perto!”

Dom Henrique Soares da Costa

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Homilia do Mons. José Maria – III Domingo do Advento (Ano A)

A Fonte da Felicidade

Mons. José Maria Pereira

Alegremo-nos todos no Senhor, pois Ele está próximo! O Advento nos pede uma preparação digna, plena de motivações, para esse acontecimento tão significativo. A Palavra de Deus exorta-nos a expressar nossa alegria, pois o Senhor está para chegar! “Alegra-te, cheia de graça, porque o Senhor está contigo” (Lc 1, 28), diz o Anjo a Maria. A causa da alegria na Virgem é a proximidade de Deus. E o Batista, ainda não nascido, saltará de alegria no seio de Isabel, ante a proximidade do Messias. A alegria é ter Jesus, a tristeza é perdê-lo.

Podemos estar alegres se o Senhor estiver verdadeiramente presente na nossa vida, se não O tivermos perdido, se não tivermos os olhos turvados pela tibieza ou pela falta de generosidade. Quando, para encontrar a felicidade, se experimentam outros caminhos fora dAquele que leva a Deus, no fim só se acha infelicidade e tristeza. A experiência de todos os que, de uma forma ou de outra, voltaram o rosto para outro lado (onde Deus não estava), foi sempre a mesma: verificaram que fora de Deus não há alegria verdadeira. Encontrar Cristo, ou tornar a encontrá-Lo, é fonte de uma alegria profunda e sempre nova.

O cristão deve ser um homem essencialmente alegre. Mas a sua alegria não é uma alegria qualquer, é a alegria de Cristo, que traz a justiça e a paz, e que só Ele pode dar e conservar, porque o mundo não possui o seu segredo.

A alegria do mundo procede de coisas exteriores: nasce precisamente quando o homem consegue escapar de si próprio, quando olha para fora, quando consegue desviar o olhar de seu mundo interior, que produz solidão porque é olhar para o vazio. O cristão leva a alegria dentro de si, porque encontra a Deus na sua alma em graça. Esta é a fonte da sua alegria. A alegria do mundo é pobre e passageira. A alegria do cristão é profunda e capaz de subsistir no meio das dificuldades. É compatível com a dor, com a doença, com o fracasso e as contradições. “Eu vos darei uma alegria que ninguém vos poderá tirar” (Jo 16, 22), prometeu o Senhor.

A nossa alegria deve ter um fundamento sólido. Não se pode apoiar exclusivamente em coisas passageiras: notícias agradáveis, saúde, tranqüilidade, situação econômica boa, etc., coisas que em si são boas se não estiverem desligadas de Deus, mas que por si mesmas são insuficientes para nos proporcionarem a verdadeira alegria.

O profeta Isaías (35, 1-10) convida o povo a alegrar-se com a vinda do Senhor: “Alegre-se a Terra que era deserta e intransitável…” (Is 35, 1). “Dizei às pessoas deprimidas: criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus; é Ele que vem para vos salvar” (Is 35, 3-4). Estas palavras de Isaías, proclamadas para confortar os desterrados de Israel, podem muito bem aplicar-se a todos os homens que, ansiosos de conversão mais profunda a Deus, se sentem incapazes de se libertarem do pecado, da mediocridade e das vaidades terrenas; e anima-nos a confiar no Salvador. Ele virá para lhes infundir coragem, para amparar os fracos, para curar as feridas do pecado e dar a todos a salvação. Dentro de pouco tempo, de muito pouco, Aquele que vem, chegará e não tardará, e com Ele chegarão a paz e a alegria; em Jesus encontraremos o sentido da nossa vida.

Intensifiquemos a nossa oração! Será necessário que nos dirijamos ao Senhor num diálogo íntimo e profundo diante do Sacrário, e que lhe abramos a nossa alma com toda a confiança. E aí encontraremos a fonte da alegria.

Uma alma triste está à mercê de muitas tentações. Quantos pecados se têm cometido à sombra da tristeza! Por outro lado, quando a alma está alegre, abre-se e é estímulo para os outros; quando está triste, obscurece o ambiente e faz mal aos que têm à sua volta.

A tristeza nasce do egoísmo, de pensarmos em nós mesmos, esquecendo os outros. Quem anda excessivamente preocupado consigo próprio dificilmente encontrará a alegria da abertura para Deus e para os outros. Em contrapartida, com o cumprimento alegre dos nossos deveres, podemos fazer muito bem à nossa volta, pois essa alegria leva a Deus.

A Boa Nova trazida no Natal é mensagem da alegria…

Somos semeadores de alegria ou motivo de dor e tristeza?

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III Domingo do Advento

A liturgia deste III Domingo do Advento lembra a proximidade da intervenção libertadora de Deus e acende a esperança no coração dos crentes. Diz-nos: “não vos inquieteis; alegrai-vos, pois a libertação está a chegando”.

A primeira leitura anuncia a chegada de Deus, para dar vida nova ao seu Povo, para o libertar e para o conduzir - num cenário de alegria e de festa - para a Terra da liberdade.

O Evangelho descreve-nos, de forma bem sugestiva, a ação de Jesus, o Messias (esse mesmo que esperamos neste Advento): Ele irá dar vista aos cegos, fazer com que os coxos recuperem o movimento, curar os leprosos, fazer com que os surdos ouçam, ressuscitar os mortos, anunciar aos pobres que o “Reino” da justiça e da paz chegou. É este quadro de vida nova e de esperança que Jesus nos vai oferecer.


A segunda leitura convida-nos a não deixar que o desespero nos envolva enquanto esperamos e aguardarmos a vinda do Senhor com paciência e confiança.

Comentário - És Tu?

Gaudete. Alegrai-vos. Lhes repito, alegrai-vos. Este é o grito, fazem séculos, da liturgia deste domingo; como um respiro penitencial do Advento. Com esta palavra começa a antífona de entrada; e é cópia do convite de São Paulo aos filipenses: “Alegrai-vos, alegrai-vos, porque o Senhor está próximo”. Logo o nascimento de Jesus será alegria para os anjos e para o povo que vem salvar.

Tudo passa por crermos que a mensagem é valiosa, que o que vai vir é salvação. O profeta faz questão das palavras: regozijem-se, alegrem-se, glória, beleza, gozo, canções. E o Batista recebe a resposta venturosa de Jesus: ”Aos pobres anuncie-lhes a boa notícia”. Pablo VI escreveu uma Exortação muito bela falando só da alegria; chamada de Gaudete.

Caiamos em conta. Nesta Missa, reflete-se a alegria em nosso rosto, na mensagem que transmitimos, em nossa participação feliz? Adverte o teólogo González Carvajal: “Para o jovem médio a dificuldade não é que a palavra da Igreja é demasiada exigente, senão em que é demasiadamente tediosa”. Porém, voltemos à alegria da Palavra.

Palavra de hoje

Está no cárcere, e é “o maior dos nascidos de mulher”. A João não lhe enquadram as contas; algumas coisas chocavam entre sua imagem do Messias e o que ouvia de Jesus. João é o profeta do fogo e do machado, e Jesus come com os pecadores e fala sempre com ternura. Chega a dúvida: És tu? Estarei certo? Como se explica? A resposta está nas obras, no que se vê e se apalpa: cegos que vêem, leprosos que ficam limpos, inválidos que andam. Os sinais são claros, haviam anunciado os profetas, e cumprem-se ao pé da letra. O Reino começou. Sim, Jesus era “o que tinha que vir”.

Não é menos eloqüente o vaticínio de Isaías: “Robustecidos os joelhos vacilantes, saltará, como um cervo, o coxo, a pena e a aflição afastar-se-ão”. Tudo se renova: a natureza morta cobra vida, o povo abatido se torna fortaleza e o desvalido transborda saúde. Talvez, tantas realidades adversas nos convidem a pensar superficialmente: “Demasiado bonito para que seja verdadeiro”. Mas - temos fé?- a esperança diz-nos que sim, que o Senhor não falhará no que nos prometeu. Não está a mais, por isso, que Santiago nos exorta na segunda leitura: “Tende paciência”. Até nos ajuda com um exemplo familiar: “Como o lavrador aguarda o fruto valioso”.

Nossa vida - Dúvidas e respostas

Também o Batista, o profeta, o precursor, o maior dos nascidos de mulher, lhe assaltam as dúvidas e inseguranças: És tu? Esperamos por outro? Não via clara a figura do Messias, tal como ele o esperava.

Por que estranhamos quando nos chegam estas perguntas? Tantos que abandonam a fé ou a prática religiosa, e eu sigo aqui. Como explicar certas palavras e gestos dos que governam a Igreja. Como aceitar, sem sentido crítico, certas formulações e explicações de nossa fé. Como se fosse pouco, há tantos que, desde a outra orla, seguem nos olhando: Como explicais aos crentes tanta dor de criaturas inocentes, se dizeis que Deus é bom e Pai de todos?

Por outro lado, talvez nos tire o chão a segunda parte da pergunta de João: “Ou esperamos por outro?” Também os cristãos podem esperar por outro: pôr nossa esperança no bem-estar, no poder, somente na razão, no progresso material, em tantas outras coisas.

Mas, ao fim e no fundo, para além da dúvida, sentiremos o império suave do coração que nos impulsionará a exclamar: Creio, Senhor, mas aumenta minha fé, Tu tens palavras de vida eterna, Tu sabes que te amo. E a dúvida se tornará em certeza luminosa.

Curar, sanar, consolar. São os sinais

É mais importante ser que fazer. Mas o fazer favorece e expressa o ser. De que me servirá meditar e cantar as excelências da humildade se me mostro arrogante e ávido de primeiros postos, como vos fariseos? Na resposta a João, Jesus remeteu a suas obras: curar, sanar, ressuscitar. Necessitamos de sinais, testemunhas que em seus gestos, nos iluminam o caminho da fé e o amor a Deus e aos outros. Amar é o sinal de identidade do seguidor de Jesus Cristo. “Nisto conhecerão que sois discípulos meus, em que vos amais muito”.

Sempre é bom que, pessoal e eclesialmente, nos perguntemos: Que testemunhos damos, que obras fazemos? Como nos vêem? Retorcendo ao velho Catecismo, podemos formular: fé é crer “o que vemos”. Dar de comer ao faminto, hospedar ao peregrino, consolar o triste é o grito mais poderoso de fé e de experiência de Deus. “O que fazeis aos mais pequenos a mim o fazeis”, nos diz o Senhor.

Oxalá que em nossas homilias, catequeses, solenes documentos, nas ondas de rádios e televisões da Igreja e até nas páginas dos sites das instituições eclesiásticas, estejam claras sempre estes sinais do Reino: que o que nos importa é consolar, animar, transmitir alegria. Bem mais que abundar em proibições, críticas amargas ou palavras tristes; para isto já temos ao mundo.

Onde estão os profetas

Que elogios recebe de Jesus o Batista. E isso que chega a Ele, entre um mar de dúvidas. É o contraste: Jesus o enche de glória: és profeta, mais que profeta. João se confessa: não sou digno de desatar a vossa sandália, não sou a luz senão testemunha da Luz. Até sua aparência de homem austero marca a diferença com Jesus. Olhando a João, o Precursor, podemos pensar: na Igreja necessitamos de precursores, profetas que assinalem Jesus, testemunhas que “digam algo”, que arrastem. As palavras sozinhas vão-se ao ar, não mudam. A quem podemos assinalar hoje como testemunha cuja vida nos comove? Não vamos seguir citando ainda a João XXXIII. É que hoje não temos profetas?

Igualmente, desde a imagem sombria do Batista, ao testemunho se reclama um estilo cristão e eclesial de viver austero, humilde, pobre. Este tom de singeleza foge da roupagem, de reverencias, do culto à personalidade.

Singelamente, como as palavras primeiras deste Papa: “Sou um humilde trabalhador da vinha do Senhor”.

Voltemos ao começo. Alegrai-vos, o Senhor está próximo. Está próximo o Natal. Vai estar presente no pão e no vinho desta Eucaristia. Somos profetas da alegria.

José Cristo Rey García Paredes

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AS OBRAS DO MESSIAS

Ao ser interrogado a respeito de sua condição messiânica, Jesus não se perdeu em longas considerações teóricas para justificar sua identidade e missão de Messias. Sugeriu que referissem a João Batista, cujos emissários tinham sido enviados para questioná-lo, tudo quanto estava realizando e que era de conhecimento público. Por obra sua, os cegos recuperavam a vista, os paralíticos punham-se a caminhar, os leprosos viam-se livres de sua enfermidade, os surdos passavam a ouvir, os mortos voltavam à vida, os pobres escutavam a Boa-Nova do Reino.
Tratava-se, portanto, de fazer um discernimento sobre a prática de Jesus e reconhecer sua verdadeira identidade. Uma simples resposta positiva, mesmo saindo da boca de Jesus, seria insuficiente. Outros, antes dele, já haviam se apresentado com pretensões messiânicas, autoproclamando-se messias. E todos falsos messias. Jesus seguiu um caminho contrário: revelava sua condição messiânica com suas obras.
Os fatos indicados aos discípulos do Batista eram simbolicamente importantes, pois correspondiam às obras atribuídas pelos antigos profetas ao Messias vindouro. Todos eles tinham a ver com a restauração da vida e da dignidade humana, com a superação da marginalização social e religiosa, com a recuperação da esperança nos corações abatidos. Tudo isto era sinal de que o Reino estava irrompendo na história humana, por obra do enviado de Deus.

Oração
Pai, dá-me discernimento para reconhecer a condição messiânica de teu Filho Jesus, enviado para devolver a esperança ao coração da humanidade abatida pelo sofrimento.

Pe. Jaldemir Vitório

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JOÃO BATISTA PERGUNTOU

Mt 11,2-11

Este Evangelho narra que João Batista, quando estava na prisão, enviou alguns de seus discípulos a Jesus para perguntarem se ele era mesmo o Messias.

Jesus respondeu: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: Os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados”.

Jesus deu essa resposta porque Isaías 35,5-6 (1ª Leitura) apresenta essas ações como identificadoras do Messias. E ele sabia que, tanto João como seus discípulos, conheciam as Escrituras.

O mesmo Isaías (61,1-2) fala, a respeito do Messias: “O Espírito do Senhor Deus está em mim, porque ele me ungiu. Enviou-me para levar a Boa Nova aos pobres, para curar os de coração aflito, a anunciar aos cativos a liberdade, dar aos prisioneiros o alvará de soltura, e para anunciar o ano da graça do Senhor”.

Aquela resposta de Jesus aos discípulos de João foi do jeito que ele gosta: Mostrou quem ele é, pelas obras, não apenas com palavras.

Seria como hoje um grupinho de pessoas chegar a nossa casa e disser: “O nosso chefe nos mandou perguntar qual é a religião de vocês”. E nós, em vez de responder, pedirmos a eles que fiquem na nossa casa durante aquele resto de dia. À tarde nós diríamos a eles: “Podem voltar e dizer ao seu chefe o que vocês viram e ouviram”.

Vamos supor que eles foram bem recebidos por nós, que viram a nossa alegria, o amor e a união da família, a oração; perceberam a nossa preocupação com os pobres e os doentes; e viram nas paredes da nossa casa imagens e quadros de Jesus, de Nossa Senhora e dos santos...

Diante disso, não há dúvida que a nossa família é católica.

Jesus gosta desse jeito de mostrar quem somos: Pela vida.

Se fé fosse apenas saber e acreditar, o demônio seria campeão de fé, porque sabe tudo e acredita; a diferença é que ele não vive o que sabe.

Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo.

Certa vez uma mãe pegou o seu filhinho de um ano e o levou até a praça em frente à igreja.

Os pedreiros haviam acabado de cimentar um passeio da praça, bem em frente à porta da igreja e o cimento ainda estava mole.

Ela pediu permissão ao mestre de obras e fez com que o garotinho pisasse no cimento, fazendo rastos em direção à igreja.

Assim, pensava ela, quando ele crescer vai ver os seus rastos e aprender o caminho da Igreja.

Valeu a intenção, mas existe um meios mais eficaz de manter os filhos na Igreja. É educá-los na fé com palavras e principalmente com o exemplo de vida.

Peçamos a Maria Santíssima e ao profeta João Batista que intercedam por nós.

Vera Lúcia

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Advento, tempo de conversão.

Neste terceiro domingo do advento, a atitude fundamental para caminharmos rumo ao Natal é a conversão.

Deus virá visitar seu povo trazendo o menino Jesus e para isso pede a todos uma transformação total, uma mudança de vida radical, despojamento e mentalidade nova.

João Batista nos convoca a uma conversão plena e transformadora.

E quem quiser percorrer esse caminho para encontrar o Salvador, deve converter-se numa nova espiritualidade e um novo caminho que não será de facilidades, comodidades e sem obstáculos. A estrada é estreita, mas não haverá outro jeito de encontrar-se com o próprio Deus.

A estrada do amor e da justiça de Jesus e seu reino precisará ser aplainada por uma vida nova, transformada a partir desses dois parâmetros e orientações.

João Batista é nosso companheiro de caminhada nesse momento de Advento para nos ajudar a refletir se estamos percorrendo esse Caminho ou se, como os judeus, estamos andando pelos caminhos das facilidades, estradas asfaltadas, sem percalços, partindo de uma vida religiosa acomodada, expressa em rituais grandiosos e fantásticos, onde o protagonista somos nós mesmos e onde a palavra de Deus e o próprio Cristo ficam ofuscados por um ritualismo vazio e sem sentido.

O Advento é um tempo de passagem e de preparação, inclusive penitencial. Um momento para reflexão e meditação, viver uma espiritualidade de espera e de conversão, que passa pelo nosso modo de confessar e de rezar. Embora o espírito natalino já tome conta de nossas casas, nossas ruas, nos estimule ao consumismo... Não podemos na nossa vida, na nossa espiritualidade e na nossa família, perder de vista o que é o principal, que é o Natal do Senhor, e a aderir aos valores fundamentais e eternos, os valores do Reino de Deus.

Fonte: Paróquia Coração de Jesus – da Cidade de Santos

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3º Domingo do Advento

Evangelho (Mateus 11,2-11)

No evangelho de hoje temos a figura de João Batista. Ele tem a divina curiosidade em saber quem é Jesus Cristo. João não quer ficar apenas nos comentários que ouve, ele quer ir mais além.

As pessoas viam a seriedade em João Batista. Eles foram atraídos para ele, embora ele apenas estivesse preparando o terreno para Cristo. Na verdade, isso é o que os fascina. Mais do que isso, é isso é o seu coração em chamas. Eles encontraram Deus em João Batista.

As pessoas vieram para ouvir um profeta e a experiência de Deus através deste profeta. Sim, ele estava chamando-os para uma mudança radical em suas vidas, mas ele também foi chamá-los para Deus. E eles perceberam isso. Eles experimentaram Deus nas palavras do profeta radical. Eles pularam na água para ser batizado por João, porque eles queriam o mesmo que ele tinha. Eles queriam Deus. Eles queriam a verdadeira felicidade.

A missão de João Batista era anunciar o amor de Deus e as pessoas deveriam experimentar isso por meio de suas conversões.

Somos chamados todos os dias e principalmente neste natal a termos uma conversão autêntica e sincera. Não tenha medo de se entregar a Deus.

SEJA SIMPLESMENTE FELIZ

Professor Isaías da Costa

Contato: isaiasdacosta@hotmail.com

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3º Domingo do Advento

És tu aquele que há de vir?

Domingo, 12 de dezembro de 2010

Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira Principal da América Latina (Festa)

Santos do Dia: Bertoara de Burges (abadessa), Corentino de Quimper (bispo), Diogeniano de Albi (bispo), Epícamo e Alexandre (mártires), Finiano de Clonard (bispo), Florêncio de Marina de Valverde (abade), Sineto de Roma (mártir), Vicelino de Oldenburg (bispo).

Primeira leitura: Isaías 35,1-6a.10
Deus vem em pessoa e os salvará.
Salmo responsorial: Sl 145 (R. Is 35,4)
Vem, Senhor, salvar-nos.
Segunda leitura: Tiago 5,7-10
Mantenham-se firmes, porque a vinda do Senhor está próxima.
Evangelho: Mateus 11,2-11
És tu aquele que há de vir?

A primeira e a segunda leitura de hoje, do Profeta Isaías e do apóstolo Tiago, coincidem na mensagem: vale a pena esperar, é preciso esperar, devemos esperar, porque nosso Deus está por chegar, ele mesmo vem em pessoa e traz o julgamento. É preciso ter paciência, porque é iminente sua chegada, ele já está à porta.

Não duvidemos de que esta forma de propor a esperança, de vivê-la e de transmiti-la, foi útil e muito eficaz para muitas gerações anteriores a nós, porém tampouco duvidamos de que hoje em dia essa proposta já não poderia servir.

Este motivo, aduzido classicamente para fundamentar a esperança, de que Alguém vem, alguém vai irromper apocalipticamente em nossa vida, inclusive com iminência, e de que nossa esperança consiste em “esperar” (e espera, não de esperança) sua chegada hoje já não é plausível.

Esse esquema conceitual, segundo o qual Deus anunciou que volta, em uma segunda vinda, que selará o final do mundo, e que nós estamos em um tempo intermediário, incerto e ameaçado pela espada pendente (de Dámocles) dessa surpresa que chegará como a visita de um ladrão, foi uma imagem poderosa, que prendeu a atenção de muitas gerações, porém que hoje começa a não funcionar.

Aquelas gerações tinham uma compreensão do mundo fundamentalmente religiosa, inserida nas coordenadas da descrição do mundo que as próprias religiões haviam elaborado: um mundo que consistia essencialmente em um “plano de Deus” para colocar uma prova ao ser humano e levá-lo para outra vida, melhor ou pior, segundo o merecimento, premio ou castigo.

Dentro desse “pequeno mundo”, dentro dessa cosmovisão religiosa que ocupou por milênios o imaginário de nossos antepassados, funcionava ao falar de uma segunda vinda, da prova que Deus nos submete, da ameaça que supõe a possível surpresa de Deus que vem e que irrompe no mundo para finalizá-lo e inaugurar outro eón, o dos prêmios e castigos.

Esse imaginário religioso (tradicional, antiqüíssimo, milenário...) está se esgotando, desaparecendo com as gerações mais velhas, desvanecendo-se e perdendo vivacidade e plausibilidade nas gerações médias e sendo rejeitada nas gerações jovens, nas quais não chega a ter acolhida.


O novo imaginário ou cosmo-visão, que muitos estamos adquirindo, fundamentado na nova imagem que a cosmologia e o conjunto atual das ciências nos oferecem, já não cabe conceber a realidade tão “antropocentricamente” como para pensar que tudo consiste e tudo se reduz a um “plano que Deus traçou para provar o ser humano”.

Ao ser humano atual não lhe é plausível uma espiritualidade que o coloca no centro do cosmos, e que este cosmos “foi criado simplesmente para servir de cenário ao drama humano de sua salvação ultraterrana”. E não lhe é plausível tampouco que o mistério tão respeitável do além seja associado com, e colocado a serviço da ameaça de castigo nem da promessa de prêmios.

É possível ser cristão sem ter que adotar estas imagens que hoje sentimos como não incorporadas à nossa cosmovisão? Sem, é possível, desde que estejamos dispostos a purificar nossa esperança e mais amplamente nossa cosmo-visão global – daquelas imagens próprias de um tempo que já não é o nosso.


Realmente, o que importa é o conteúdo profundo, a experiência espiritual, a dimensão de esperança (neste caso), não o suporte de categorias, esquemas mentais, cosmovisões apocalípticas ou esquemas de concepção do tempo dos que lançaram mão os nossos antepassados. O cristianismo, ao longo da história, já abandonou muitas imagens que em seu tempo foram comuns, mas que logo se obscureceram, e que finalmente se tornaram inaceitáveis para nós (de algumas das quais hoje inclusive nos envergonhamos).

Nos últimos tempos, o predomínio do pensamento estático, o suposto a-historicismo e a negação do caráter evolutivo de tudo, nos fez pensar que não podemos mudar nada, que devemos crer ao pé da letra o que expressaram nossos antepassados, mesmo sem remontar a viver sua experiência profunda, porém com liberdade e criatividade, mas que nada pode ser inovado.
Porém, a mesma história está aí para demonstrar o contrário para quem saiba e queira ver. E também está aí o presente: são muitos já, de fato, os cristãos que “crêem de outra maneira”.


O evangelho de Mateus apresenta a chamada “prova messiânica”. João, o Batista, do cárcere manda emissários para perguntar a Jesus se ele é o esperado ou se devem esperar outro. Jesus não responde com provas teológicas, nem com citações bíblicas apologéticas, ou com dogmas ou doutrinas, mas remete aos fatos, que podem ser “vistos e ouvidos”: “os cegos vêem, os inválidos andam, os leprosos ficam limpos e aos pobres se lhes anuncia o Evangelho, a Boa Notícia”.

Esses “fatos”, essas boas notícias, são a prova de identidade do Messias, o Christós, ou seja, “cristãos”. Somente se nossa vida produz esses mesmos fatos, somente se somos “boa notícia para os pobres”, somente então estaremos sendo seguidores daquele Messias, do Christós, ou seja, estaremos sendo “cristãos”.

Não esqueçamos que hoje é a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, tão latino-americana e mexicaníssima. Boa ocasião para ler algo do muito que foi escrito sobre essa “mensagem guadalupana” que ainda hoje continua cativando os especialistas.


Oração comunitária


Ó bom Pai, à medida que nos aproximamos da celebração da festa do Natal, nós te pedimos que aumente nossa esperança, para que nunca desistamos do esforço por criar um mundo no qual o amor seja possível. Nós te pedimos por Jesus de Nazaré, teu filho e irmão nosso, cujo nascimento ansiamos por celebrar. Amém.

Missionários Claretianos

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3º DOMINGO DO ADVENTO

“Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto!” (Fl 4,4-5)

Irmãos e Irmãs,

Deus vem para a alegria dos pobres. Estamos na metade do tempo do Advento, este bonito tempo de espera, de vigilância e de mudança de vida em que a Santa Igreja Católica nos convida a abrir os nossos corações para a vinda iminente do Filho de Deus.

O Senhor está no meio de nós, por isso a Liturgia de hoje exulta: “Alegrai-vos, o Senhor está próximo”.

Refletimos hodiernamente sobre a figura do precursor, ou seja, de São João Batista. Hoje, a Liturgia nos faz sair da reflexão da penitência e da conversão e exulta em nossos corações a alegria do testemunho.

Antigamente, o domingo de hoje era denominado Domingo Gaudete, por causa da antífona de entrada que começa com esse imperativo “Alegrai-vos”. O celebrante reveste-se de vestes róseas, anunciando a alegria e a luz que deve permear toda a nossa vida cristã.

A alegria desta Liturgia nos anima a recordar a alegria do povo de Israel que, retornando do exílio no Egito, anseiam por dias melhores, ou seja, esperam pela Boa Nova do Senhor que vem.

A primeira leitura da celebração nos apresenta palavras animadoras, de uma dessas pessoas que surgiram na vida do povo de Deus. Ela preferiu ficar no anonimato e sua mensagem acabou sendo incorporada ao livro do profeta Isaías. Num momento de desolação, um profeta anônimo vem cantando e falando de coisas novas que Deus fará: onde reinava a tristeza, brilhará a alegria; onde campeava a desolação, virá a paz do Senhor; onde grassava o desânimo, vem o ânimo do próprio Senhor, anunciando a virtude básica da vida cristã: que DEUS PLANTARÁ JUSTIÇA ENTRE OS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE.

Assim, vale a pena recordar Isaías: “Exulto de alegria no Senhor e minh’alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas jóias”.

Amados Irmãos,

Problemas todos nós temos. A alegria anunciada é aquela que foi proclamada pelo precursor João Batista, que veio aplainar os caminhos do Senhor: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”.

A primeira frase do Evangelho resume a pessoa e a missão de João Batista: é um homem, diferentemente de Jesus que, desde o início, é chamado de Filho de Deus. É um enviado de Deus, isto é, um profeta, que falará em nome de Deus aos homens.

Jesus também se dirá enviado (Jo 3,34), mas falará com autoridade própria e se identificará com o Pai (Jo 10,30). Chama-se João, que quer dizer “Deus usa de misericórdia”. A missão de João é proclamar que a misericórdia divina se encarnou na pessoa de Jesus de Nazaré, que veio “tirar o pecado do mundo” (Jo 1,29).

João Batista veio dar uma sacudida no povo de Deus, por isso ele é profeta que anuncia a palavra de Deus e dá a sua vida por este projeto de salvação. João se preocupou com o testemunho do Senhor que virá, abrindo como precursor os seus caminhos. João certamente deu testemunho de uma verdade: “Que Ele cresça e eu diminua”.

Aí está, pois, a novidade de ser cristão e de ser católico: que o clero e as lideranças do povo reconheçam a sua miséria e deixem que Cristo encaminhe e guie as comunidades para a vivência da alegria e do gozo do Senhor que vem.

João Batista nos deixou um testemunho brilhante de humildade e também de fé absoluta em Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele não se intitulou Messias, mas sim precursor, o que abre os caminhos. João Batista não disse uma palavra a seu respeito, mas somente a respeito do que Vem. O seu papel era apontar o caminho da salvação, proclamando a grandeza daquele que estava por vir, ao mesmo tempo em que se punha no seu lugar, sabendo que sua missão era só de abrir as veredas. João Batista aponta as luzes para o mundo, mas parece que o mundo não quer conhecer a luz que é Jesus, como ele próprio lamentou depois: “A luz veio a este mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que luz” (Jo 3, 19).

Irmãos,

Alegrai-vos! Alegrai-vos sempre no Senhor, incessantemente.

Todos nós somos convidados a examinar nosso relacionamento com Deus, afastando-nos do espírito do mal e nos aproximando do espírito de Deus, o espírito do bem e da paz, conservando a santidade de vida e de estado.

A razão desta alegria está enfeixada na segunda leitura: o que Deus quis, afinal, com Jesus Cristo e sua obra é que sempre possamos estar alegres e agradecidos a Ele. Ser felizes e animados pelo projeto do Evangelho é a nossa missão.

Na Igreja, muitos são os carismas, mas todos convergem para Jesus Cristo. O importante de hoje não é somente a conversão, mas é iluminar a sociedade com a fé que vem de JESUS CRISTO LUZ DO MUNDO, DANDO TESTEMUNHO DESTE JESUS, ÚNICO CAMINHO DE SALVAÇÃO, DESEJOSO DE VER AQUELE QUE ESTÁ NO MEIO DE NÓS, COMO SALVADOR E VIVIFICADOR.

Que a Festa do Natal que se aproxima nos faça cada vez mais abertos, especialmente ao apelo de nossos Bispos que hoje pedem a nossa generosa participação na campanha da evangelização. Ajudando, desta forma, as necessidades da Igreja no Brasil, estaremos fazendo com que o Natal se realize cada vez mais digno nas Igrejas irmãs, pobres e necessitadas, carregando as sementes da Esperança que se renovam a cada NATAL DO DIVINO INFANTE.

Por: Padre Wagner Augusto Portugal

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João Batista

"Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo!"

Neste segundo domingo do Advento o personagem central é João Batista, e o lema de hoje é: "Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo." É a partir daí que vamos refletir...

João Batista era filho de Isabel, que era prima de Maria. Portanto, João era primo de Jesus. João sabia de Jesus porque sua mãe foi visitada pela mãe de Jesus quando as duas estavam grávidas. Ele deve ter perdido seus pais bem cedo, já que eram bastante idosos quando ele nasceu. Mas antes de morrerem, devem ter transmitido todo o conhecimento da Palavra de Deus, bem como a sua missão de "aplainar o terreno", preparando as pessoas para a chegada de Jesus Cristo, e do Reino dos Céus. Sua aparência física devia ser bastante rústica, sua personalidade forte e seu caráter inabalável. Um verdadeiro profeta! As pessoas iam a ele para confessar seus pecados e serem batizadas. E muitos dos que seguiram Jesus foram preparados por João Batista.

João não tinha medo de denunciar o que achava errado, nem que isso custasse a sua vida, como custou, de fato. Jesus teve tanto respeito e admiração por ele, que foi se batizar com João, mesmo sabendo que não precisava... Jesus chegou a dizer que não houve pessoa maior do que João Batista nesta terra, apesar de o menor do Reino dos Céus ainda ser maior que João.

Tudo isso para mostrar a importância de existirem profetas que não se calem diante das imoralidades desse mundo, mesmo que isso custe o seu isolamento. Os verdadeiros profetas que preparam a vinda de Jesus devem ser assim: justos, corajosos e praticar o que pregam.

Preparemo-nos para a vinda de Jesus!

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com

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JOÃO BATISTA – A VOZ DO QUE GRITA NO DESERTO

A liturgia do III Domingo do Advento constitui um veemente apelo ao reencontro do homem com Deus, à conversão. De sua parte, Deus está sempre disposto a oferecer ao homem um mundo novo de liberdade, de justiça e de paz; mas esse mundo só se tornará uma realidade quando o homem aceitar reformar o seu coração, abrindo-o aos valores de Deus.

Convertei-vos à Esperança!

Advento é um tempo que passa, infelizmente, muito rápido. Há muitas esperanças que reconstruir, e há muita Palavra de Deus para se deixar entrar no mais profundo de nosso coração, devemos levantar os olhos de nossos pequenos problemas e preocupações para ver no horizonte o Senhor que vem.

Neste terceiro domingo de Advento nos é apresentada a figura de João Batista. É um profeta estranho. Não se aproxima das pessoas, não vai às praças nem aos mercados, para pregar a conversão. Faz exatamente ao contrário. Instala-se no deserto e ali espera que as pessoas se aproximem dele. O deserto é lugar de morte, não há água, não há vida, não cresce nada. Não há esperança para o que se perde no deserto. Mas ali precisamente João prega que o Reino está perto, que se deve preparar o caminho ao Senhor da Vida.

João Batista, o profeta do deserto

João aparta-se de tudo o que construíram os homens. Afasta-se da cidade onde vivem. Dos edifícios levantados, das relações entre as pessoas, nada disso vale. Há algo novo que vem. É tão novo que deve começar desde o zero. Por isso a chamada urgente de João: “Convertei-vos!” Mudai de vida! Deixai para trás tudo o que é velho! Começa um mundo novo no qual já não vale a mentira nem a injustiça. O que queira entrar deverá passar pelo fogo purificador. Não bastará a água com que batiza João. É o Espírito de Deus o que batizará e salvará. Só no deserto poderá começar para valer uma nova vida.


Sem deixar-nos levar pelo desalento

Não temos mais que dar uma olhadela em nossa história passada e presente para nos dar conta de que essa não foi a realidade em que vivemos. A duras penas conseguimos parar, com muitos esforços, um foco de violência, de desentendimento, de conflito numa esquina do mundo, quando nasce outro fogo na outra esquina. Entre as nações, os povos, as famílias, há sempre conflitos, lutas, rancores, invejas, vinganças... Temos demasiadas mortes gratuitas. Tudo isso parece pesar mais que os momentos, às vezes escassos, de equilíbrio, de harmonia e de paz. Na realidade os momentos de paz que conseguimos, costumam ser instáveis e temporárias.

Aqui é onde temos que nos agarrar forte ao espírito do Advento. A Palavra, como nos diz Paulo na carta aos romanos, nos diz que “mantenhamos a esperança”. Nada é impossível para Deus. Só os que acham que um mundo novo de justiça e paz é possível, comprometer-se-ão para valer para fazê-lo real no aqui e agora de nossas vidas.

Viver em esperança

Devemos mudar de vida, devemos nos converter. Como nos pede o grito claro de João Batista. Temos de deixar para trás os cansaços e desenganos de todo o ano passado. Para começar com renovada ilusão o novo ano. Para levantar os olhos ao horizonte e crer com absoluta segurança que Deus, nosso Deus, o Deus da Vida, o Deus da Justiça e a Paz, virá, vem já.

Devemos sair à rua nesta segunda-feira e todos os dias desta semana com vontade renovada de construir a justiça e a paz, sendo portadores de vida e esperança para os que vivem conosco. De que outra maneira se pode dizer aos quatro ventos que cremos no Deus de Jesus?

Fernando Torres

http://www.ciudadredonda.org/subsecc_ma_d.php?sscd=157&scd=1&id=2893

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ADVENTO-JOÃO BATISTA - ENDIREITAI VOSSOS CAMINHOS

Neste III Domingo do Tempo do Advento, podemos situar o tema na volta da missão profética. Ela é um apelo à conversão, à renovação, no sentido de eliminar todos os obstáculos que impedem a chegada do Senhor ao nosso mundo e ao coração dos homens. Esta missão é uma exigência que é feita a todos os batizados, chamados - neste tempo em especial - a dar testemunho da salvação/libertação que Jesus Cristo veio trazer.

O Evangelho apresenta-nos o profeta João Batista, que convida os homens a uma transformação total quanto à forma de pensar e de agir, quanto aos valores e às prioridades da vida. Para que Jesus possa caminhar ao encontro de cada homem e apresentar-lhe uma proposta de salvação, é necessário que os corações estejam livres e disponíveis para acolher a Boa Nova do Reino. É esta missão profética que Deus continua hoje, a confiar-nos.

Preparar o caminho do Senhor é convidar a uma conversão urgente, que elimine o egoísmo, que destrua os esquemas de injustiça e de opressão, que derrote as cadeias que mantêm os homens prisioneiros do pecado… Preparar o caminho do Senhor é um re-orientar a vida para Deus, de forma a que Deus e os seus valores passem a ocupar o primeiro lugar no nosso coração e nas nossas prioridades de vida.

Os personagens que parecem ser os mais importantes, não o são. Servem, portanto, de sinais que indicam onde se encontra o verdadeiramente importante. Isso ocorreu no século I de nossa era, durante o império de Tibério. Deus começou a falar através de um jovem estranho. Se chamava João. Que Deus falasse através de uma determinada pessoa é um fenômeno assombroso. Que essa pessoa não seja um personagem oficial, nem pertença a nenhuma dinastia poderosa, nem a uma classe elevada, nos é muito estranho. Que essa pessoa não tenha padrinhos, nem aval que a justifiquem ante os demais, é todavia muito estranho.

O jovem João, filho de Zacarias e Isabel, filho de seus anos tardios, se sentiu invadido pelo Espirito e pela Palavra de Deus. Descobriu que Deus falava por meio de suas palavras. Estava no deserto... abandona o deserto e começa a viajar para a comarca do Jordão.

Anunciou uma mudança histórica iminente. Algo mais forte, muito mais forte que o repatriamento das tribos de Israel depois de sua dispersão. Proclamou que todos iram ver a salvação de Deus. Para isto pedia mudanças profundas no coração: preparar o caminho do Senhor.

Este profeta João pode ser nosso contemporâneo. Sua mensagem é também válida para nosso tempo. Embora pareça incrível, a salvação continua o ser viável. É possível realizar os nossos sonhos. Deus não põe em nós um forte desejo, sem cumpri-lo. Mas é necessário acreditar ativamente: é necessário preparar o caminho do Senhor e não enchê-lo de tormentas. Quem dúvida, quem sempre coloca obstáculos, quem não está aberto ao que vem, quem quer impor seus pontos de vista, estes não preparam o Caminho... só o impedem! É necessário agir como se aquele que esperamos e sonhamos, já tnha sido concedido.

Não busquemos a Palavra de Deus no meramente oficial, no que se apresenta de forma poderosa. Do deserto, da marginalidade nasce uma mensagem e seus mensageiros.

Com vocês estão e não os conheces. Abramos os olhos, os ouvidos, o coração.

A Graça se aproxima...
os pequenos e marginalizados nos dizem por onde chegará.

José Cristo Rey Garcia Paredes

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SÃO JOÃO BATISTA

A relevância do papel de São João Batista reside no fato de ter sido o "precursor" de Cristo, a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Messias, insistindo para que os judeus se preparassem, pela penitência, para essa vinda.

Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Batista. Ele é anunciado por Malaquias e principalmente por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio do Batista e é com ele que a missão profética atingiu sua plenitude. Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.

Segundo o Evangelho de Lucas, João, mais tarde chamado o Batista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. Isabel, estéril e já idosa, viu sua vontade de ter filhos satisfeita, quando o anjo Gabriel anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho, que devia se chamar João. Depois disso, Maria foi visitar Isabel. "Ora quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre ! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite ?'" (Lc 1:41-43). Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Batista como precursor de Cristo.

Ao atingir a maturidade, o Batista se encaminhou para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência - que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extremamente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, advertindo: " Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo". João Batista passou a ser conhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de purificação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida.

A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em São João Batista e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos. Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, retruca: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3, 28) e " não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27). Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).

João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim ?" (Mt 3:14). Mais tarde, João foi preso e degolado por Herodes Antipas, por denunciar a vida imoral do governante. Marcos relata, em seu evangelho (6:14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja. O corpo de João foi, segundo Marcos, enterrado por seus discípulos.

Oração a São João Batista

São João Batista, voz que clama no deserto: "Endireitai os caminhos do Senhor... fazei penitência, porque no meio de vós está quem não conheceis e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias", ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira os pecados do mundo".

São João, pregador da penitência, rogai por nós. São João, precursor do Messias, rogai por nós. São João, alegria do povo, rogai por nós.

Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/sjoaobatista.htm

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JOÃO BATISTA ANUNCIA JESUS.


Preparai o caminho do Senhor. Todos os vales serão aterrados, e todos os morros e montes serão aplanados. Os caminhos tortos serão endireitados, e as estradas esburacadas serão consertadas.
E todos verão a salvação que Deus dá."

João está pregando na borda do deserto, nas proximidades do rio Jordão. Está anunciando a vinda do Menino Jesus. Ele prepara "o caminho do Senhor" para uma nova terra, a terra prometida, uma terra onde o Judaísmo foi desfigurado, o povo descriminado, oprimido e até escravizado, pelo governo teocrático do Saduceus e outros privilegiados. João Batista é aquele que anuncia a solução definitiva para tudo isso desde que façamos a nossa parte. Desde que endireitemos os nossos caminhos e trabalhemos na construção de um mundo novo de justiça e paz, a qual encontra sua plenitude em Jesus, o Filho de Deus.

A sua missão local é discernir e libertar o povo das falsas ideologias emanadas do poder econômico, associado ao poder político-religioso centralizado em Jerusalém pela aristocracia dominante.

João Batista na esperança de que o Messias vai realizar isso e muito mais, sugere que devemos mudar totalmente a nossa perspectiva de vida.

Colinas ou montes e vales representam hoje os altos e baixos da nossa personalidade. Um dia estamos com Deus, e no outro dia o expulsamos de nós pelo pecado cometido. João nos exorta a parar com essa vida de aproximação e afastamento de Deus.

Caminhos esburacados são os pequenos pecados veniais, que vão esburacando e enfraquecendo o nosso estado de graça, até se transformar em uma cratera que só uma confissão pode aterrar.

Caminhos tortuosos são os nossos vacilos de fé. Uma guinada para a direita, quando estamos em alta com a nossa fé. Uma virada para a esquerda é quando surge uma dúvida, um questionamento, que é digno daquele puxão de orelha que Jesus deu a Pedro. “Porque duvidaste? Homem de pouca fé”.

João nos convida a endireitar a nossa vida espiritual para que nos tornemos menos indignos de receber o Filho de Deus. Assim como precisamos hoje nos tornar menos indignos de receber Jesus nas aparências de pão e de vinho.

E faremos isso quando precisamos. Quando ao pecar gravemente, voltemos a amizade com Deus através de uma boa confissão. E é bom que façamos uma boa limpeza em nossa alma procurando o sacerdote para receber Jesus Menino. Para que a nossa alegria na noite de Natal não seja uma alegria meramente social, mais sim uma alegria celestial. Uma alegria que brota de nosso interior modificado pela presença de Cristo. Uma alegria que não é apenas pelo presente que ganhamos ou pela embriaguês da bebida que tomamos. Mas sim, uma alegria de quem está comemorando o aniversário de Cristo, aquele que quis ser o alimento da nossa alma e que recebemos através da Hóstia Consagrada.

A satisfação de fazer as pazes com o irmão, de perdoá-lo, e de voltar a desejar a ele um feliz natal do fundo da alma, não só a ele, mas a todos os irmãos e irmãs do nosso convívio.

Advento é a espera desse momento maravilhoso! Cristo não vai nascer no próximo dia 25 de dezembro. Vamos comemorar o seu aniversário. Mas Ele pode e deve nascer ou renascer em cada um de nós.

Sal

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